António Maria da Silva, mais conhecido por António Silva (Lisboa, 15 de agosto de 1886 — Lisboa, 3 de março de 1971), foi um ator português, conhecido pelos filmes em que participou durante a era de ouro do Cinema Português. Com uma carreira de mais de 50 anos em Teatro e Cinema, interpretou papéis em mais de 30 produções cinematográficas e centenas de peças teatrais. António Silva nasceu a 15 de agosto de 1886, no número 5 da Rua do Jasmim, freguesia das Mercês, em Lisboa, no seio de uma família humilde, filho de Francisco Constantino Augusto da Silva, dourador e de sua esposa, Amélia das Dores, ambos naturais de Lisboa, freguesias do Socorro e Lumiar, respetivamente. Órfão de pai aos 12 anos, começou a trabalhar muito cedo, como marçano de retroseiro e depois como empregado de uma drogaria. Concluiu o Curso Geral do Comércio, no antigo colégio Calipolense e, em dezembro de 1905, inicia a sua atividade como bombeiro voluntário, onde acumulou 24 louvores e atingiu o posto de Comandante do corpo ativo dos Bombeiros Voluntários da Ajuda. A par das suas ocupações profissionais, frequentou grupos cénicos amadores, onde obtém a sua formação teatral e, no Salão Ideal (hoje Cinema Ideal), era uma das vozes das "fitas faladas" que ali eram exibidas. Estreou-se profissionalmente a 26 de novembro de 1910, com a peça O Cristo Moderno, de Tolstoi, no Teatro da Rua dos Condes. Escriturado na Companhia Alves da Silva, participa em peças como O Rei Maldito e O Conde de Monte Cristo. Nesse mesmo ano estreia-se no Cinema em Rainha Depois de Morta, de Carlos Santos, um filme mudo de curta-metragem. Progredindo na carreira, vai para o Brasil em 1913, onde permanece até 1921, em digressão com a companhia teatral de António de Sousa. No Brasil conhece Josefina Barco, com quem se casa secretamente em agosto de 1920. O romance polémico de ambos daria escândalo com a família dela e repercussões na imprensa. Neste período participa em três filmes mudos brasileiros: Ubirajara (1919), de Luiz de Barros, Convém Martelar (1920), de Manuel F. Araújo e onde também foi produtor e Coração de Gaúcho (1920), de Luiz de Barros.
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