BRUNILDE JÚDICE - 1ª PARTE

 

Brunilde Júdice Caruson estreou-se a 31 de Outubro de 1921, no Politeama, numa peça russa de 3 atos, intitulada «Sol da Aldeia».

Brunilde Júdice nasceu a 11 de maio de 1898 em Itália, na cidade de Milão, filha do barítono napolitano Guglielmo Caruson e da atriz e cantora lírica portuguesa Maria Júdice da Costa. Aos 7 anos veio viver para Portugal e feitos os primeiros estudos, manifestou desde logo uma tendência irresistível para o Teatro.

Iniciou a sua carreira artística em 1921, aos 23 anos, estreando-se no Teatro e Cinema, na peça Sol de aldeia, em cena no Teatro Politeama a 31 de dezembro com a Companhia de Lucília Simões e no filme mudo Amor de Perdição, de Georges Pallu, onde representou o papel de "Mariana da Cruz", estreado a 9 de novembro, respetivamente. Atriz culta, de elegante presença, impecável na arte de dizer, logo o público e a crítica a distinguiram como uma das maiores promessas da sua geração.

Contudo, seguindo os seus impulsos, ao cabo de seis meses de triunfos nos palcos lisboetas, abandona a cena quando era mais aclamada pelo público, mantendo-se afastada do Teatro durante três anos. Em 1923 participa ainda em dois filmes mudos: Tempestades da Vida, de Augusto de Lacerda, onde encarnou "Rosa" e Mulheres da Beira, de Rino Lupo, onde encarnou "Aninhas".

Em 1924, voltou aos palcos como primeira figura da Companhia Fróis-Chaby e com esta fez uma digressão ao Brasil. Passa depois pela Companhia Portuguesa de Revistas, Companhia Maria Matos, Companhia Hortense Luz e ocasionais regressos à Companhia de Lucília Simões, agora em parceria com Erico Braga. Nesta época participa maioritariamente em comédias e revistas, das quais se destacam: A garçonne, O senhor que se segue, Charivari, A raça, A primeira noite, A cadeira da verdade, O noivo das Caldas e A casa dos picos.

Em 1931 participa na docuficção A Voz do Operário - Catedral do Bem, de António Leitão.

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