Humberto Francisco Gouveia Madeira, de seu nome completo, nasce em Lisboa a 3 de Agosto de 1921. Inicia a sua carreira como imitador, em casas de Fado e na Rádio Peninsular. Como fantasista - animador alcançou grande popularidade nos passatempos da APA, que tinham lugar nos palcos do Éden. A sua estreia no teatro ocorre em 1940, no Coliseu dos Recreios na revista "Retalhos e Recortes", num quadro de imitações. Trocou a rádio pelo teatro a partir de 1952, participando em todos os cartazes levados à cena no teatro Maria Vitória, por Eugénio Salvador. Era apelidado de o «milionário do riso» tornando-se um dos mais populares «compères» de sempre do teatro de revista. Entre as muitas revistas que entrou, destacam-se: "Parada da Alegria em 1951; "Saias Curtas" em 1953; "Ó Zé Aperta o Laço" em 1955; "Curvas Perigosas" em 1957; “Penas à Vela» em 1958; "Arraial de Lisboa" em 1959; "A Vida é Bela" em 1960; "Lisboa à Noite" em 1962, entre muitas outras. Tenta a sua sorte como empresário, em parceria com Raul Solnado e Carlos Coelho, no Capitólio, na revista «A Vida é Bela» e na opereta «Campinos, Mulheres e Toiros» em 1960. Em opereta, marcou presença no extinto Apolo em «A Rosa Cantadeira». Tenta a comédia, ao lado de Ribeirinho na peça «Caiu do Céu uma Noiva» ou «Boeing-Boeing». Trabalhou na Companhia de Vasco Morgado e actuou bastante na televisão. No cinema estreia-se em 1945 no filme «O Diabo são Elas». Seguiram-se «Capas Negras» em 1947, «O Grande Elias» em 1950, «Eram Duzentos Irmãos» e «O Comissário de Polícia» ambos em 1953, «O Noivo das Caldas» em 1956, «Dois Dias no paraíso» em 1957, «O Passarinho da Ribeira» em 1959, «As Pupilas do Senhor Reitor» em 1960, «O Parque das Ilusões» em 1963, «Pão, Amor e Totobola» e «Aqui Há Fantasmas» ambos em 1964. Em 1955 é convidado a participar no filme espanhol de Juan de Orduña, "Zalacain el Aventurero", protagonizado por um outro actor português, Virgílio Teixeira. Em 1965, durante a revista "É Canja", é-lhe diagnosticado um cancro. Reaparece ainda algumas vezes, mas acaba por abandonar definitivamente o teatro em 1969 por motivos de saúde. Acabaria por falecer a 17 de Junho de 1971.
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