«A Rosa do Adro» no Brasil - 1ª Parte

 


No Brasil, a reação do público não seria diferente, sendo este filme um dos maiores sucessos do cinema português no Brasil. “A Rosa do Adro” estreou a 20 de novembro de 1919 em Belém do Pará, no Cinema Olympia, enquanto que no Rio de Janeiro apenas ocorreu a 17 de dezembro, no Cinema Central. A sessão de estreia, nessa cidade, dada a sua importância, contou com a presença de diversas altas individualidades brasileiras e portuguesas, tais como o Exmo. Encarregado dos Negócios de Portugal, o Vice-cônsul em exercício e vários adidos militares.


O jornal brasileiro Gazeta de Noticias do Rio de Janeiro, na sua edição do dia 19 de dezembro de 1919 trazia um comunicado da Direção do Cinema Central, onde o filme se encontrava a ser exibido: «A Rosa do Adro – atraiu como aliás era de esperar, tal concorrência, tamanha multidão, que a polícia chamada a manter a ordem, não pôde evitar o natural atropelo daquela onda humana, que se agitava em redor das nossas portas, procurando forçar o caminho mais perto da bilheteira. O trânsito na Avenida ficou interrompido e as autoridades policiais que zelosamente procuravam conter o povo, se houveram com tanto acerto, que conseguiram evitar que o povo se contundisse. E os salões do Cinema Central regurgitavam. Mais parecia um dia de grande festa, de que um dia de exibição comum. A explicação consiste no grande agrado em que caiu o notável filme português «A Rosa do Adro» o qual, nos 8 atos em que é divido, se agita a alma de uma raça privilegiada, com os seus costumes de simplicidade e de amor que a caracterizam.»   


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