O Correio da Manhã afirmava: «A Cinematografia portuguesa marcou a sua primeira gloriosa vitória no Rio de Janeiro, com a estreia feita ontem, no Cinema Central, da “Rosa do Adro”, produção da Invicta Filmes Lda. Técnica, desempenho e fotografia são de tal modo surpreendentes que as fábricas portuguesas bem podem concorrer com as americanas, francesas e italianas à disputa do nosso mercado cinematográfico. (…) Do desempenho, só há a falar o melhor, sendo digno de nota o trabalho de Maria de Oliveira, uma senhora portuense, professora, que nunca pisou o palco e fez a sua estreia neste filme. Fernando está a cargo de Erico Braga, um ator nosso patrício, carioca, que trabalhou no Recreio e Apolo há quatro anos na Companhia Palmira Torres. Deolinda é feita por Etelvina Serra, conhecidíssima no Rio. O papel de António fá-lo o ator Carlos Santos, também nosso conhecido e o do reitor foi dado a Duarte Silva, o Duarte Silva das cançonetas e modinhas portuguesas dos discos e gramofones. Um conjunto de primeira ordem vivem um assunto empolgantíssimo. As enchentes no Central são verdadeiramente asfixiantes.»
O jornal A Razão no último dia de exibição do filme, a 23 de dezembro, no Cinema Central apelava ao público para não perderem a oportunidade de apreciar esta bela obra prima do cinema mudo: «Hoje encerra-se a série de triunfos alcançados com o magnífico e delicado filme “A Rosa do Adro” que somente hoje permanecerá no nosso cartaz, cedendo amanhã, lugar a mais um trabalho de assinalável sucesso. “A Rosa do Adro” que é como dissemos o filme de maior vulto, vindo de Portugal, e logrou em nosso cinema tão formidável triunfo, que as sessões dia e noite se mantiveram sempre cheias. Nem podia ser de outra maneira, pois o delicado e estupendo filme da Invicta, do Porto, tem detalhe, feitura, interpretação e alma, que empolgam o espectador o mais exigente.»
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