«A Rosa do Adro» no Brasil - 4ª Parte


No dia 27, o referido cinema anunciava em letras garrafais: «Hoje, o recorde dos sucessos! “Rosa do Adro” – O maior sucesso deste ano!» No dia 27, passava a ser exibido desta vez nos Cinemas Boulevard e Velo. A partir do dia 30 e por mais um mês inteiro continuava a sua carreira nos cinemas Modelo e Mattoso.

Em Pernambuco, no Recife, estreava a 26 de fevereiro de 1920 no cinema Royal.

O Jornal do Recife de 27 de fevereiro anunciava: «Constituiu um acontecimento de sensação a “première”, ontem, da brilhante obra prima “A Rosa do Adro”, nos dois elegantes salões do Cinema Royal. Anunciado como estava, tudo fazia prever o grande sucesso daquele espetáculo. À noite, os salões das rosas e dos crisântemos apanharam literais enchentes. Estavam os mesmos engalanados e prestigiados pela assistência de inúmeras famílias da nossa sociedade. Tocou durante a primeira sessão da “soirée” a banda de música da Escola Correcional. “A Rosa do Adro” que é a caprichosa transplantação da célebre novela lusitana para o ecrã, foi, assim, grandemente apreciada.»

O Jornal de São Luís do Maranhão de 14 de maio de 1920, por ocasião da estreia do filme nessa cidade, anunciava: «Com duas casas completamente cheias, funcionou, ontem, o Éden. A ansiedade com que estava sendo esperada a passagem do tão encomiado filme português “A Rosa do Adro”, justificou plenamente essa afluência de espectadores, nos salões daquele centro de diversões. E a pelicula agradou em toda a linha. A «Invicta», a nova fábrica do Porto, soube conquistar com esse filme, num ápice, quase todas as plateias luso-brasileiras, e era de esperar que o mesmo sucedesse. A perfeição do desempenho, a nitidez da fotografia, a verdade da adaptação, tudo enfim, igualando-a às mais reputadas produtoras mundiais, criou-lhe uma atmosfera de simpatias, que lhe valeu o sucesso da noitada. Em “Rosa do Adro” estão artisticamente dispostas as mais impressionantes paisagens do Norte de Portugal, os costumes mais característicos do povo irmão, a par de um enredo deliciosamente impregnado de simplicidade poética, para o realce da qual contribuiu poderosamente a formusura de Maria Oliveira (Rosa do Adro) e Etelvina Serra (Deolinda), duas artistas magníficas. Atendendo às reiteradas solicitações que têm sido enviadas à Empresa esse esplêndido filme surgirá novamente, hoje, na tela do Éden.»


Comentários