A 26 de abril de 1911, a Portugália Film conseguia finalmente concretizar o filme de longa-metragem, «Os Crimes de Diogo Alves», de que João Tavares é o realizador, e que alcançaria um enorme sucesso na época. Meses mais tarde, mais precisamente no mês de agosto, o filme fazia a sua estreia no Brasil, em São Paulo, com idêntico sucesso. A história do famoso bandido, que assaltava as suas vítimas no aqueduto de águas livres no vale de Alcântara, e que depois de as assassinar as lançava do alto do aqueduto, apaixonou as plateias da época. Durante muitos anos, apesar de muitos documentários portugueses terem sido estreados nessa época, pensou-se que os filmes de longa-metragem só chegaram ao Brasil em finais de 1919, contudo tal não aconteceu. A estreia de filmes de enredo deu-se em 1911 com o filme «Os Crimes de Diogo Alves».
A estreia deu-se, como já o afirmamos, em São Paulo, a 18 de agosto no cinema Rádium.
O Correio Paulistano desse dia noticiava: «Muito interessante o programa organizado para as sessões de hoje. Eis os belos filmes que serão exibidos: “Shangai, curioso filme natural, de Ambrósio; Os Crimes de Diogo Alves e da sua quadrilha, emocionante filme de assunto português, onde se reproduzem todos os crimes praticados por este famoso bandido. Bela photografia da fábrica Ideal de Lisboa;(…)»
A 15 de setembro estreava no Cinema Pathé, no Rio de Janeiro. O Paíz de 16 de setembro afirmava: «No Pathé faz hoje sucesso a famosa cena dramática de Sigaux – “O Remorso do Juíz”; completa o sucesso “Os Crimes de Diogo Alves”, fita de confeção portuguesa. Fora disso, há quatro fitas mais, cada qual a melhor.»
Seguidamente segundo a notícia publicada no Jornal Pequeno de 4 de outubro de 1911, “Os Crimes de Diogo Alves” tinha-se estreado no Recife a 2 de outubro de 1911 no cinema Royal. A 27 de outubro estreava em Maranhão no Cinema Ideal.
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