ALVES DA COSTA

 

Alves da Costa nasceu a 26 de maio de 1896, na Calçada de Santa Catarina, freguesia do Beato, em Lisboa, filho de Joaquim Alves da Costa, natural de Carregal do Sal e de sua mulher, Elvira das Neves Gonçalves, natural de Lisboa, freguesia de Alcântara.

Iniciou a sua atividade ainda jovem, tendo lições de teatro numa escola dirigida por Araújo Pereira. Apesar de já ter participado em algumas peças como ator amador, estreou-se como ator profissional a 22 de novembro de 1922, no Teatro São Carlos, no drama histórico Vasco da Gama, de Silva Tavares, no papel de "Bastião Tamanino", pela mão do ator Alves da Cunha, então empresário daquele teatro e deste então tornou-se uma das figuras cimeiras da cena portuguesa.

Permaneceu até 1927 sem pertencer a nenhuma companhia teatral, passando pelo Teatro Apolo, Teatro da Trindade e Teatro Joaquim de Almeida, representando peças como Fedora, O turbilhão, A Severa e A rosa enjeitada, ao lado de grandes vultos, como Palmira Bastos. Ainda em 1927, estreia-se no cinema mudo pela mão de Reinaldo Ferreira, tendo, naquele ano, participado em quatro películas, uma longa-metragem e três curtas-metragens: O Táxi 9297, onde representou o personagem "Tenente Hair" e Rita ou Rito?...Hipnotismo ao Domicílio e Vigário Sport Club, onde foi protagonista. Ainda no mesmo ano, passa pela Companhia Berta de Bívar-Alves da Cunha, representando o personagem "Conde Mauret" na peça A labareda, no Teatro Nacional D. Maria II.

Em 1930 participa no filme A Canção do Berço, de Alberto Cavalcanti. No mesmo ano, participa na peça O pão, o lar e a terra, em cena no Teatro São João do Porto e na peça História do fado, em cena no Teatro Maria Vitória e no Coliseu dos Recreios, com a Companhia Maria das Neves. Em 1931, participa no filme A Dama Que Ri, de Jorge Infante e, integrado na Companhia Estêvão Amarante, participa nas peças O padre cura, O bom ladrão, O doutor da mula ruça e O Pão de Ló, em cena no Teatro Avenida com posterior apresentação no Teatro Sá da Bandeira do Porto. Integra a Companhia Luís Pereira de 1933 a 1935, participando nas peças Alfama, Um para três, Cão de fila, Chapéus modelos e Meu amor é traiçoeiro (um dos seus maiores êxitos), passando por, entre outros, o Teatro Politeama, Teatro Capitólio, Teatro Ginásio e Teatro Carlos Alberto do Porto. Em 1936 forma a sua própria companhia com Ilda Stichini, que teve breve existência, destacando-se a apresentação da peça A prima Tança, escrita por Alice Ogando para o propósito da estreia, ocorrida a 24 de maio no Teatro Ginásio e um digressão às Colónias. Em 1937 participa no seu primeiro filme sonoro: Maria Papoila, de Leitão de Barros, onde representou o personagem "Carlos".


CONTINUA...

Comentários