LUÍSA DURÃO

Luísa Durão da Costa, de seu nome completo, nasceu em Lisboa a 8 de Agosto de 1899. Estreou-se com apenas 7 anos de idade na opereta infantil «Festança na aldeia» no extinto Casino «Etoile» na Calçada da Estrela. Actuou depois em variedades exibindo-se no Rossio Palace e no Salão Avenida.

Fez todo o género de teatro. Deslocou-se duas vezes à Madeira, duas vezes ao Brasil, uma vez ao Ultramar. Fez parte da companhia de Chaby Pinheiro, tomando parte no desempenho da revista «Seca e Meca», no S. Luís. Realizou inúmeras digressões pela província. Trabalhou em quase todas as empresas teatrais, destacando-se entre outras, «Taveira», Luís galhardo (pai), António Macedo, Vasco Santana, Piero, Henrique Santana e Ribeirinho.

Foi casada com o popular actor Costinha. Quase sempre ao lado de seu marido, entrou em peças tais como: "Rataplan" em 1925; "Ás de Espadas" em 1926; "Viva a Folia" em 1934; "Milho-Rei" em 1935; "A Feira de Agosto" em 1936; "Sempre em Pé" em 1938; "O Banzé" e "Ribatejo" ambas em 1939; "A Desgarrada" e "Lisboa - 1900" ambas em 1941; "Essa é que é Essa" e "Boa Nova" ambas em 1942; "A Costureirinha" em 1943; "A Mulher do Padeiro" em 1944; "Baile de Máscaras" em 1944; "O Pirata da perna de Pau" em 1948; "Cantiga da Rua" em 1950; "O Pato" em 1953; "Não Faças Ondas" em 1956; "O Milagre da Praça da Alegria" em 1957; "Uma Bomba Chamada Etelvina" e "Três em Lua de Mel" ambas em 1961, "Põe-te a Pau" e "Aqui Há Fantasmas" ambas em 1962; "Bate Certo" em 1963; "E Viva o Velho" em 1965, entre muitas outras centenas de peças.

Na televisão participou nos programas «Melodias de Sempre» e «Ribalta». Na rádio, além de interpretar diversos diálogos humorísticos, criou na Emissora nacional, com o seu marido, o «Casal Inocêncio». Fez opereta, vaudevile, revista, comédia, drama, enfim experimentou quase todos os tipos de teatro.

No cinema estreia-se em 1930 com o filme, "Lisboa, Crónica Anedótica" de Leitão de Barros. Nos filmes em que entrou, sempre fez pequenos papéis, exceptuando o filme "Cantiga da Rua", onde tem uma interpretação memorável. Mas, mesmo assim, quem não se lembra da D. Cândida, do célebre filme "O Pai Tirano"? Ao lado de seu marido, Luísa Durão percorreu quase todos os teatros e companhias deste país. Viria a falecer em Lisboa em 1977, após quase sessenta anos de vida dedicada ao teatro.


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