Nasceu em Espinho enquanto a família, natural de Viseu, estava a passar férias. Eram fortemente ligados à tauromaquia, o seu pai José Casimiro de Almeida e avô Manuel Casimiro de Almeida, eram ambos cavaleiros de alternativa. Mirita estreou-se como actriz na revista Viva à Folia, no Teatro Maria Vitória, em Lisboa. Fez diversas operetas e interpretou o papel de um travesti na peça João Ninguém. Um dos seus primeiros grandes êxitos dá-se no espetáculo Olaré Quem Brinca (1933), no Teatro Variedades. Frequentemente, nas comédias em que participava, interpretava canções tradicionais da Beira Alta, envergando trajes típicos e mostrando a pronúncia daquela região. Estreou-se no cinema sob a direção de Leitão de Barros, em Maria Papoila (1937), segundo João Bénard da Costa «um retrato admirável da oposição do mundo rural (…) em grande parte devido à genial criação de Mirita Casimiro» (Costa, João Bénard da, Histórias do Cinema, 1991).
Casou-se com Vasco Santana no ano de 1941, formando com ele uma dupla de enorme êxito. Anos depois, após um divórcio litigioso e polémico do casal, Mirita seria banida dos palcos portugueses por influência do ex-marido. Foi então que resolveu instalar-se no Brasil (1956), onde trabalhou sem obter grande popularidade. Casou-se novamente com João Jacinto, um jornalista desportivo e ex atleta com quem tem uma filha, chamada Maria, dita Mariquita.
Quando regressou a Portugal em 1964, novamente divorciada, foi convidada a ingressar no elenco do Teatro Experimental de Cascais, o que ditou o seu afastamento do teatro popular. Sob a direção de Carlos Avilez, integrou o elenco de peças marcantes da mesma companhia, associada ao processo de renovação do teatro português na década de 1960 — A Casa de Bernarda Alba de García Lorca (1966), A Maluquinha de Arroios de André Brun (1966) e O Comissário de Polícia de Gervásio Lobato (1968).
Em 1968 sofreu um grave acidente de viação no Porto, que a deixou desfigurada. Muito deprimida e vendo-se impossibilitada de retomar o seu trabalho nos palcos, acabou por se suicidar, aos 55 anos, na sua residência em Cascais. Foi sepultada no Cemitério de Viseu, de onde era originária a família Casimiro de Almeida. O cortejo fúnebre teve lugar a 27 de Março de 1970, Dia Mundial do Teatro, dois dias depois do óbito e teve direito a guarda de honra.

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